I
Rodrigues
Neves Rodrigues
Inteligência
Emocional em Alunos Finalistas do Ensino Secundário: Estudo na Escola
Secundária de Namicopo, Cidade de Nampula
Monografia
Científica a ser apresentada à Faculdade de Educação e Psicologia, Departamento
de Psicologia, da Universidade Rovuma - Nampula, para obtenção do Grau
académico de Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações em
Intervenção em Desenvolvimento Humano e Aprendizagem
Supervisor:
Prof. Doutor Mussa Abacar
Universidade
Rovuma
Nampula
2021
II
1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1.1.Contextualização de Pesquisa
1.7.3. Quanto aos Procedimentos Técnicos
1.7.5. Técnicas de Colecta de Dados
1.7.6.Técnicas de Analise de Dados
2.1.Evolução da Inteligência Emocional
2.3. Definição Conceitual da Inteligência Emocional
2.4.Modelos
da Inteligência Emocional
2.5.Critérios da Inteligência Emocional (Modelos de Aptidão)
de Mayer e Solovey
2.5.1.Percepção e Expressão Correta das Emoções
2.5.5.Facilitação Emocional do Pensamento
2.5.4.Habilidade de Lidar com as Emoções para Alcançar Metas
2.6.Componentes da Inteligência Emocional (Modelo Misto) de Goleman
2.6.1.Autoconsciência Emocional
2.7.Importância da Inteligência Emocional
2.7.1. Importância da IE nos Relacionamentos
2.7.2. Importância da IE na Saúde
2.7.3. Importância da IE
no Contexto Escolar
2.8.Estratégias de Regulação Emocional
2.9.Resultados de Estudos
de Inteligência Emocional
IV
Declaração
IV |
Eu, Rodrigues Neves Rodrigues, declaro que a presente monografia é
resultante da investigação pessoal por meio de orientação do meu supervisor.
Declaro ainda que os seus conteúdos são originalmente por mim produzidos e as
suas respectivas consultas encontram-se citadas no debruçar do trabalho e na
respectiva referência bibliográfica.
Declaro, também, que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra
instituição de ensino para a obtenção de qualquer grau académico.
.
Nampula,
22 de Novembro de 2021
________________________
V
Dedicatória
V |
Na materialização deste trabalho, dedico
antes de mais delongas, o meu mais profundo louvor a Deus pelas inspirações e
orientações, de seguida a minha mãe Maria Judite Lobato Jorge em especial, ao
meu pai Neves Rodrigues, aos meus irmãos Jorge Neves Rodrigues, Esperança das
Neves Rodrigues e Márcia das Neves Rodrigues e ao meu primo Osvaldo Luís
Aliasse pela força, compreensão e apoio manifesto de forma entusiasta em todo o
percurso estudantil.
VI
Agradecimentos
VI |
Louvado
seja Allah, o glorioso Deus cujo poder infinito possibilitou o término deste longo
percurso de desafios, aprendizados e de formação-profissional, todos os
louvores somente a ele.
Meus mais profundos agradecimentos ao
supervisor, Prof. Doutor Mussa Abacar, pelas críticas e apoio no processo de
orientação neste trabalho. Agradeço, também, pela sua empatia, atenção e
paciência externalizada na materialização deste trabalho.
A
minha mãe amiga antes de mais ninguém, a grande mulher, Maria Judite Lobato
Jorge cujo esforço imensurável não foi medido no sentido de tornar real e
palpável tudo que por mim fora sonhado, por meio de supressão das subcargas,
motivação, crença os meus mais profundos e infinitos agradecimentos;
Ao
meu pai Neves Rodrigues pelas contribuições monetárias providas;
Aos
meus irmãos, Jorge Neves Rodrigues, Esperança das Neves Rodrigues, Márcia das
Neves Rodrigues que alimentaram a minha esperança nesta batalha;
Minha
tia Helena Lobato Jorge pela confiança e apoio psicológico;
Ao
meu primo, Osvaldo Luís Aliasse, cujas mensurações das suas prestações na minha
formação foram inestimáveis. Pelo apoio de materiais estudantis e contribuição
monetária. Meus mais infinitos agradecimentos.
A todos que durante o percurso da minha
vida estudantil queira de forma directa ou indirecta impactuaram positivamente
o meu crescimento e ajudaram-me na superação das minhas dificuldades.
Aos
amigos, em especial França Amisse, que acreditou em mim mais do que eu
acreditei. Dando assim, a mim, a crença do meu potencial. Estendo exclusivamente
a todos, os meus especiais agradecimentos.
Agradeço,
também, a todos os meus colegas Samira, Cintura, Melo, Remígio e todos os
outros meus muito obrigados.
VII
Resumo
VII |
A inteligência
emocional é um dos constructos mais estudados e pesquisados nas últimas décadas
na área da psicologia, pois é uma área cuja exploração possibilita mensurar a
capacidade de lidar e resolver problemas ao nível social quanto profissional. Este
estudo cujo tema é Inteligência emocional em alunos finalistas do ensino
secundário, tem por objectivo avaliar a inteligência emocional e factores
associados em alunos finalistas do ensino secundário de Namicopo, o estudo teve
como amostra pré-definida de 100 alunos, tendo sido reduzida para 86 devido
alguns imprevistos constatados no percurso de colecta de dados, o instrumento
usado nesta etapa de recolha de dados foi o instrumento MEI (Medida de
Inteligência Emocional) dos autores (Bueno & Primi, 2003), para a análise
dos dados usou-se o sistema SPSS de estatística descritiva. Dos resultados
obtidos, pode-se dizer que não houve uma correlação significativa de modo
universal, embora isso, houvera alguma correlação entre as variáveis e dimensões
da IE. Tais Resultados permitiram concluir que os alunos da Escola Secundária de
Namicopo têm um nível de inteligência Baixa. Como sugestões foram apontadas algumas actividades em prol o desenvolvimento da IE, de entre elas a
prática de exercícios para o desenvolvimento de auto consciência emocional por
meio de dramatizações, fórum de exposição emocional e fazer palestras regulares
a respeito da auto- consciência e desenvolvimento pessoal. O instrumento
mostrou-se confiável para mensurar este constructo, pois apresenta uma validade
acima da requerida 0,823.
Palavras-chave: Inteligência
Emocional; Alunos Finalistas.
VIII
Lista de Tabelas
Tabela 1: comparação teórica dos principais
autores na área de IE
Tabela 2 - Media, desvio padrão,
variação e alfa de Cronbach
Tabela 4: Correlação entre as
variáveis Género, Estado Civil e inteligência emocional
IX
α
Alpha de
Cronbach
DP Desvio
padrão
IE Inteligência
emocional
M Média
MEIS
Mayer Emotional
Intelligence Scale
MIE Medida de
Inteligência Emocional
MSCEIT Mayer Solovey Scale
Emotional Intelligence
N⁰ Número
QI Coeficiente de
Inteligência
SPSS Statistical
Package for the Sciences
Introdução
As teorias psicoevolucionistas
supõem que os estados emocionais existem hoje como reflexo da evolução das
espécies, ou seja, como respostas adaptativas a situações que ocorrem ao meio
(Darwin, 1872). Assim, se haver algum problema de comportamento condicionado
pelo meio, só a emoção deve ter entrado em comprometimento, o que torna, no
entanto, importante a compreensão e a aplicabilidade desta inteligência nesta
demanda na espectativa de gerenciar tais emoções.
A inteligência emocional é a capacidade de lidar
com as emoções para
administrar acções impulsionadas pelas emoções. A
inteligência emocional é um tema cuja pertinência reflecte em todos os campos
profissionais e níveis educacionais. Vários autores tais como Goleman, Mayer e
Solovey apontaram a IE como sendo um recurso determinante e preditivo no
sucesso tanto educacional, social como profissional. Pois tais competências
permitem o gerenciamento de humor e manifestações de formas convencionais por
meio de percepção, compreensão e controle emocional.
O
presente trabalho cujo objecto de estudo é ``Inteligência
Emocional`` numa perspectiva educacional teve por objectivo avaliar o nível
da IE e factores associados dos alunos finalistas da Escola Secundária de
Namicopo a fim de correlacionar com variáveis sociodemográficas idade, género,
estado civil, grupo, reprovação e vezes preprovadas. Este tema tem como
importância proporcionar uma forma de convivência harmoniosa.
Para a concretização dos objectivos,
o trabalho contou com o uso de instrumento de MIE adaptado por Siqueira,
Barbosa e Alves. Uma vez que trata-se de projecto de campo, o levantamento de
dados tornou-se, portanto, uma imprescindível metodologia para tornar possível
a adesão dos dados os quais sucederam as respectivas análises e interpretações.
Em termos estruturais o trabalho
está formado em três capítulos: o primeiro, centrado
nos procedimentos metodológicos da pesquisa; o segundo, dedicado ao referencial
teórico; e o terceiro, de apresentação e discussão dos resultados. Ao final,
são apresentadas as conclusões e sugestões do estudo.
CAPITULO I
1. PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
1.1.Contextualização
de Pesquisa
A partir do século
XIX, observou-se um crescente interesse pela inteligência humana, especialmente
quando Herbert Spencer e Francis Galton sugeriram uma capacidade humana geral e
superior. Galton entendia a inteligência como o reflexo de habilidades sensoriais
e perceptivas transmitidas geneticamente. Raymond Cattell também acreditava que
testes baseados em habilidades mentais simples (como tempos de reacção,
discriminação sensorial e associação de palavras) poderiam constituir
importantes preditores do desempenho académico.
Todavia, em 1938,
Thurstone criticou a inteligência geral de Spearman, e postulou que a
inteligência poderia ser decomposta em várias capacidades básicas através da
análise factorial. Thurstone identificou sete factores (compreensão verbal,
fluência verbal, aptidão numérica, visualização espacial, memória, raciocínio e
velocidade perceptiva) e criou o Teste de Capacidades Mentais Básicas (Butcher,
citado por Mayer 1997)
Por outra, Gardner
criou a teoria das Inteligências Múltiplas, independentes entre si, as quais
operariam em blocos separados no cérebro, obedecendo a regras próprias tais
como: inteligência lógico-matemática, linguística, musical, espacial,
corporal-cenestésica, intrapessoal e interpessoal.
Assim
a inteligência emocional entra em ascendência na sua etapa primária introduzido
anteriormente pelos pesquisadores Peter Salovey e John Mayer, que introduziram
o termo na literatura científica por meio de dois artigos o qual um foi
publicado em 1990.
Na
primeira publicação de natureza teórica, os autores propuseram uma definição
inicial de inteligência emocional como sendo “a habilidade para controlar os
sentimentos e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar entre elas e usar
essa informação para guiar as acções e os pensamentos” (Mayer et al., 1990).
Até que, em 1995, o psicólogo e redactor científico Goleman publicou o livro,
que viria a ser um bestseller mundial, apoiando-se em pesquisas sobre o
cérebro, as emoções e a conduta, o autor explana em linguagem acessível e
persuasiva, as concepções em torno da inteligência de tipo emocional e,
baseando-se no conceito inicialmente formulado por (Mayer & Salovey 1990). Neste
segundo artigo, Goleman ofereceu as primeiras demonstrações empíricas de como a
inteligência emocional poderia ser considerada uma habilidade mental.
Para
Goleman (1995), a IE inclui características como a capacidade de motivar a si
mesmo, de perseverar no empenho apesar das frustrações, de controlar os
impulsos, de adiar as gratificações, de regular os próprios estados de ânimo,
de evitar a interferência da angústia nas faculdades racionais, de sentir
empatia, de confiar nos demais, etc.
A inteligência
emocional (IE) constitui um constructo psicológico recente, e um dos aspectos
da inteligência mais discutidos na actualidade. Analisando a obra de (Goleman,
1995; Mayer e Salovey, 1990), percebe-se que estas reflectem o
estado das interacções entre emoção e inteligência, o que nos permite inferir a
complexidade do campo conceitual. Este projecto visa abordar a respeito de
corrente de status da IE do ponto de vista científico, apresentando os modelos
teóricos desta forma de inteligência desenvolvidos por Goleman, Mayer e Salovey, bem como ilustrar
as suas principais características, qualidades, aplicações e correlações com
variáveis sociodemográficas.
1.2.Delimitação do
Tema
Este
trabalho tem como tema: Inteligência Emocional em Alunos Finalistas do Ensino Secundário:
Estudo na Escola Secundária de Namicopo, Cidade de Nampula. O estudo foi desenvolvido em 2021.
1.3.Problematização
Por mais de duas décadas a inteligência emocional vem sendo
uma das teorias mais discutidas na área de psicologia com vista a explorá-la no
seu máximo e aplicá-la em diferentes áreas como forma de solver as dificuldades
no processo de tomada de decisões sob pressão emocional e, também, como forma
de facilitar na adaptação do indivíduo no meio a que se insere. Pois a
inteligência emocional é um dos principais recursos construtivos da orientação
humana nestes aspectos (de tomada de decisão e adaptação do individuo no meio)
(Goleman, 1995).
Como indicam várias pesquisas, é na escola onde mais
verifica-se a convivência interpessoal de adolescentes, que por sua vez
ocasionam certos conflitos neste processo (de convivência) (Bariani &
Pavani, 2008). Deste modo o autor tomou por pertinência a compreensão dos
factores associados aos conflitos manifestos em recintos escolares.
Pois ao longo da formação do autor
deste projecto, veio constatando discussões em relação a históricos escolares,
onde se levantou vários problemas de convivências interpessoais e motivacionais
de forma contínua nas escolas primárias e secundárias, sobretudo na Escola Secundária
de Namicopo.
O que instiga a compreensão dos agentes associados ao
problema levantado neste estudo deve-se pelo facto de um grupo desprovido da
inteligência emocional ser propenso a problemas de relação interpessoal e auto
motivação (Mayer & Salovey, 1990) e (Gleman, 1995).
Embora não existam estudos
referentes a inteligência emocional em nosso contexto (Moçambicano) seja para
compreensão ou como formas de aplicação da mesma nas escolas, vale realçar que
Murta (2007), registou em seus estudos em Now York que a prevalência de
problemas de convivências interpessoais nas escolas deviam-se pela falta de
capacidade de gerenciar as emoções adicionadas em casa (no seu convívio
familiar) aos stresses da escola, levando assim, aos problemas de convivência
consigo mesmo e com os demais.
Durante as práticas pedagógicas, o autor esteve presente na
Escola Secundaria de Namicopo -Nampula, onde teve o privilégio de conviver com
os alunos desta escola. Por sua vez, as formas de convivência chamou a sua
tenção, pois não existe forma alguma através da qual se constrói um caso sobre
a IE senão por observação das formas de convivências interpessoais e
intrapessoal. Estes alunos, no que concerne a suas convivências, demonstraram
uma ampla desmotivação por actividades escolares, intolerância com stress,
comportamentos explosivos, formação de quadrilhas, que por sinal impulsiona
ódio entre grupos e são esses elementos trabalhados pela inteligência
emocional.
Desta forma, a inteligência emocional foi o constructo a ser
explorado na tentativa de compreender o nível de domínio emocional que estes
alunos gozam frente as suas formas de convivência correlacionando assim com as
variáveis sociodemográficas.
Mediante este
desenvolvimento, colocou-se a seguinte indagação na pesquisa: Qual é o nível de inteligência emocional e
variáveis factores associados nos alunos finalistas da escola secundária de
Namicopo?
1.4.Justificativa
O
estudo do comportamento humano e os seus processos condicionantes é o objectivo
central da psicologia, entender, no entanto, sobre a inteligência emocional e o
jeito o qual esta se relaciona com as variáveis sociodemográficas corresponde
como o objecto de estudo deste trabalho, o que não foge do sentido epistemológico
do curso.
É um facto indiscutível de que as emoções podem
influenciar positiva ou negativamente nas relações interpessoais dos indivíduos
em seu estado de crise ou pressão psicológica dependendo das competências que
se tem sobre elas (emoções).
Torna-se
importante neste sentido, a inteligência emocional para o gerenciamento das
relações de modo a evitar conflitos, proporcionar uma forma de convivência
harmoniosa, dispor o desenvolvimento pessoal e colectivo da comunidade escolar.
A inteligência emocional também é
importante para o progresso do sucesso escolar e profissional (Mayer e Caruso, 2002), tanto é como uma componente
determinante do sucesso na vida em geral segundo (Goleman, 1095).
Como destacado
anteriormente, os factores emocionais são os que mais interferem nos variados
tipos de relacionamentos, porém
se utilizadas de forma inteligente fortalecem o envolvimento com o sentimento
de bem-estar e os incentiva no trabalho, ao estudo e a boa convivência com os
demais (Goleman, 1997), e isso corresponde, também, como uma das suas
importâncias nesta perspectiva.
Como contribuição teórica, espera-se prover resultados
que possam demonstrar quais factores estão associados a progressão ou regressão
do desenvolvimento da inteligência emocional dos alunos da Escola Secundária de
Namicopo, como também, conta com a contribuição preditiva das possíveis
tendências tais como sucesso ou fracasso na vida.
No
que concerne as contribuições práticas, a IE pode trazer transformações
significativas no ambiente escolar, uma vez que o indivíduo se torna mais
consciente de si e de outros. Por meio da IE, o indivíduo pode promover
mudanças ao nível de convivência por meio da empatia (Goleman, 2007). Assim este estudo auxilia no
desenvolvimento de habilidades pessoais (saber ser, estar e fazer) que ajudem
nas formas de auto adaptação nas diversas situações que exijam dos alunos o uso
da IE.
1.5.Objectivo
Geral
O objectivo geral deste trabalho foi
de avaliar a inteligência emocional e factores associados em alunos do ensino
secundário.
1.5.1.Objectivos
Específicos
Em função do objectivo
geral, foram definidos os seguintes objectivos específicos:
·
Identificar
os factores interferentes na inteligência emocional dos alunos do ensino
secundário;
·
Relacionar
o nível de inteligência emocional com as variáveis sociodemográficas Género, Idade, Estado
Civil, Grupo, Reprovação e Vezes Reprovadas;
·
Apontar
sugestões para o desenvolvimento das competências emocionais nos estudantes da
Escola Secundária de Namicopo.
1.6. Hipótese
Na tentativa de responder o problema da pesquisa colocou-se
as seguintes hipóteses:
H1:
Devido a rebeldia dos alunos da Escola Secundária de Namicopo espera-se menor pontuação
nas dimensões da inteligência emocional;
H2: Existem relações entre a inteligência
emocional e as variáveis sociodemográficas idade, grupo, género, estado civil,
reprovações, vezes reprovadas.
1. 7. Tipos de
Pesquisas
1.7.1. Quanto a
Abordagem
A
pesquisa foi de carácter quantitativo. Segundo
Gil, (1999) a pesquisa quantitativa é a consideração de tudo que pode ser
quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classifica-las e analisa-las”. Para isso requereu o uso de recursos e de
técnicas estatísticas para também interpreta-los. Este método, Visou também,
ampliar generalizações, adquirir leis amplas, construir e definir modelos
teóricos e reunir hipóteses em uma visão mais unitária. Esse tipo de pesquisa é necessária para permitir a medição das relações entre as
variáveis, de maneira estritamente numérica. Desse modo, é possível identificar
nos fenómenos apenas os dados quantificáveis, obtendo-se os valores médios e
não as particularidades de cada objecto.
7.7.2. Quanto aos
Objectivos
Em
relação aos objectivos a pesquisa foi de carácter descritiva.
Segundo Gil (2008) as pesquisas descritivas têm por objectivo a descrição das
características de determinadas populações ou fenómenos. Uma de suas
peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados,
tais como o questionário e a observação sistemática. Salienta-se que têm por
objectivo estudar as características de um grupo: sua distribuição, pesquisa
referente à idade, sexo, procedência, eleição, estado de saúde física e mental
etc.
Uso deste método
descritivo foi ao encontro do objectivo do trabalho em concordância com Gil (2010),
que diz “a pesquisa descritiva tem como objectivo primordial a descrição das
características de um determinado fenómeno.” Neste caso o fenómeno em descrição
foi o nível da inteligência emocional dos alunos da escola secundaria de
Namicopo.
Assim permitiu entender quais as características de um
determinado grupo em relação ao nível de IE (quando a variável “A” entra em contacto com a variável “B”).
1.7.3. Quanto aos
Procedimentos Técnicos
O
procedimento técnico foi de Levantamento de campo. Pois segundo Gil (2008) levantamento de campo é a interrogação
directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer, tal estudo é feito
em um espaço onde se busca colectar informações para o estudo. Procede-se à
solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do
problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se
as conclusões correspondentes aos dados colectados. Quanto o levantamento
recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado, tem-se um
censo.
1.7.4. Universo e
Amostra
O
universo do estudo foi constituído por todos os alunos finalistas da Escola Secundária de Namicopo
– Nampula fazendo parte da amostra 100 alunos, cuja escolha foi feita de forma
aleatória (probabilística), sem a discriminação do sexo ou idade.
1.7.5. Técnicas de
Colecta de Dados
Quanto
as técnicas de colecta de dados, MIE (Medida de Inteligência Emocional) foi o
teste escolhido para este trabalho por se tratar de uma medida adequada ao
estudo e com validação para uso em pesquisas.
Segundo
Siqueira, Barbosa e Alves, (1999) a escala de Percepção de Emoções do MEIS
(Mayer Emotional Intelligence Scale), é uma versão anterior ao MSCEIT, que foi
validada para o Brasil por Bueno e Primi, (2003). Para o uso do mesmo (instrumento)
em nosso contexto, foi adequado pelo autor através do método de reflexão falada
que consiste em submeter indivíduos da mesma faixa etária a lerem para expressarem
as dúvidas e complicações para compreensão da linguagem patente no instrumento
para que as perguntas fossem reformuladas.
Este
instrumento buscou avaliar cinco habilidades de inteligência emocional
vivenciados ou observados nas interacções sociais por meio de 59 itens
utilizando uma escala de quatro pontos (1 = nunca; 2 = poucas vezes; 3 = muitas
vezes; 4 = sempre), onde o respondente teve de indicar a frequência com que
emitem os 59 comportamentos descritos. Os cinco factores são referentes às
cinco habilidades da IE propostos por (Goleman 1995):
MIE 1
– Autoconsciência: estes itens
reflectem acções introspectivas de reconhecimento, discriminação, avaliação,
reflexão, nomeação e identificação dos próprios sentimentos.
MIE 2
– Autocontrole: estes itens são referentes à capacidade de administrar
sentimentos e desenvolver capacidades pessoais para atingir metas estipuladas.
Sobretudo reflectem a capacidade de ponderação, cautela e controle com que a
pessoa reage frente aos fatos desagradáveis, provocações, agressões, desaforos,
insultos, conflitos, sentimentos perturbadores e impulsos.
MIE 3
– Auto-motivação: estes itens são referentes à capacidade de elaborar metas
para si mesmo, persistindo e se entusiasmando com os objectivos pessoais.
Reflectiria acima de tudo, a capacidade de resistir a quaisquer eventuais
obstáculos que se contrapõem à realização das metas.
MIE 4 –
Empatia: estes itens referem à habilidade de identificar desejos, intenções,
sentimentos, problemas e interesses dos outros através da leitura de comportamentos
de comunicação não verbalizadas (tom de voz, expressão facial e postura
corporal).
MIE 5 –
Sociabilidade: aqui os itens reflectem a habilidade de dar início, aprofundar e
preservar amizades, relacionar-se bem com os outros, ser aceito pelas pessoas e
tratá-las cordialmente mesmo as desconhecidas. Esta dimensão da IE está
relacionada à capacidade de substituir sentimentos negativos por positivos,
além de disseminar os negativos se estiverem presentes nas pessoas ao seu
redor.
Estes
valores apresentados nas respectivas dimensões que se buscam avaliar na
inteligência emocional, referem ao estudo da construção factorial da Medida de
Inteligência Emocional (MIE). O valor total de Alpha de Cronbach deste
instrumento de medição emocional é de 0,88.
O que mostra ser uma medida adequada para avaliar o constructo em estudo.
1.7.6.Técnicas de Analise de Dados
No que diz
respeito a técnica de análise de dado, foi usado o pacote estatístico SPSS (statistical package for the sciences,
versão 22) para tabulação, cruzamento
das variáveis e análise de dados. Para a descrição
da amostra contou com a estatística descritiva (tendência central e dispersão)
com a finalidade de caracterizar a amostra, a fim de verificar a diferença da
pontuação média entre homens e mulheres quanto aos antecedentes da inteligência
emocional e correlações. Pois este sistema (SPSS) permitiu fazer
cálculos simples, construir tabelas, realizar diversas análises de variância,
etc (Santos, 2018). Além disso é um programa estatístico auto-explicativo que
conta com diversos auxílios com inúmeras possibilidades de análises, como
tendências (média, desvio padrão, moda,…).
CAPITULO II
2.MARCO TEÓRICO
Neste capítulo o trabalho
objectiva-se em fundamentar a palavra-chave através de conteúdos pré-existentes
sobre o mesmo, aqui foram demostrados conceitos e teorias desenvolvidas ao
longo do percurso estudantil em relação a inteligência emocional sob o ponto de
vista diferencial de diversos autores das ciências humanas.
2.1.Evolução da Inteligência
Emocional
Indiferente das concepções sobre o desenvolvimento
do cérebro desde os primórdios da humanidade, acredita-se, também, que as
emoções tenham se desenvolvido no percurso da vida. Pois salienta-se que tais
transformações evolutivas do cérebro tenham sido fundamentalmente
imprescindíveis no curso da involução da inteligência emocional discutida hoje
em variais áreas da psicologia (Broca, 1878
citado por Fábio, 2015).
Estima-se que com o surgimento dos
mamíferos nocturnos, cerca de 180 milhões de anos depois, o olfacto
substitui a visão como o sentido dominante, surgindo um modo diferente de obter
respostas do sentido olfactivo. É proposto que, a partir daí, se tenham
desenvolvido, nos mamíferos, a emoção e a memória emocional. No período Jurássico, o cérebro dos mamíferos investiu pesadamente na
função olfactiva para sobreviver durante a noite, enquanto os répteis dormiam.
Esse padrão de comportamento orientado pelo cheiro gradualmente formou os
alicerces do que seria o actual sistema límbico humano (região responsável
pelas emoções)
As emoções estão relacionadas com a actividade
cerebral em áreas ligadas a atenção e motivação do comportamento, e determinam o que é relevante para os
seres humanos. Segundo Broca (1878) citado por Fábio (1878) sugere que a emoção é relacionada com
um grupo de estruturas no centro do cérebro chamado sistema límbico, tais como o hipotálamo, o giro do cíngulo, hipocampo e outras.
Goleman (1995) afirma que a
evolução física e estrutural que o cérebro sofreu com relação a essas emoções
demonstra um salto significativo no nosso progresso. Pois segundo ele na
pré-história as funções emocionais eram apenas mecanismos de sobrevivência
primitivas e se baseavam em respostas simples para se manter vivos. Por essa
razão, a região do tronco cerebral (região cerebral mais primitiva) é
encarregada de regular funções como respiração, digestão e temperatura do
corpo.
Com o passar das
gerações, descobriu-se maneiras de se relacionar e o cérebro foi evoluindo,
adaptando assim a modos de vida mais avançados (Goleman, 1995). O sistema
límbico (aquele encarregado de regular a conduta emocional) sofreu uma grande
evolução. Hoje em dia, o sistema nervoso do ser humano é extremamente complexo,
está cheio de conexões e tem uma área específica destinada a gestão dos
pensamentos de maneira consciente, não só, como busca-se aprimorar habilidades
emocionais antes desconhecidas.
2.3. Definição
Conceitual da Inteligência Emocional
A
inteligência emocional de um modo geral é visto como um tipo de competência em
gerenciar as emoções de modo que seja capaz de manipular o sentimento emocional
através da percepção, controle do que incita a um comportamento desajustado,
assim preservando-se de qualquer acção inconsequente condicionada por estas
emoções.
Para Cobêro et al. (2006) a inteligência
é a aptidão para solucionar problemas ou de criar bons resultados para um ou mais
cenários culturais De maneira mais ampla, pode-se considerar que a IE seja uma
função psíquica responsável pela consciência emocional.
Segundo Cobêro et al. (2006) a
inteligência emocional e a inteligência geral estão associadas de forma
significativa ao desempenho profissional e nenhuma é mais relevante que a outra.
Pois Mayer e Solovey (2007) afirmam que o conhecimento sobre a emoção nos
permite pensar de forma inteligente.
Goleman (1995) define a inteligência emocional como a capacidade de
identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e
de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos. A inteligência emocional segundo a
definição de Goleman sugere também que seja a capacidade
de administrar estados sentimentais.
Para Goleman, a inteligência emocional é a maior responsável
pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, o especialista aponta
que a maioria das situações de trabalho e da vida são envolvidas por
relacionamentos entre as pessoas. Isso significa que pessoas com qualidades de
relacionamento humano como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais
chances de alcançar o sucesso.
Para Campos e Barret (1989), citado por Garber e Dodge, (1991) que
as emoções seriam responsáveis pelas relações da pessoa com o ambiente externo,
bem como pela sua manutenção ou interrupção. Para estes autores a coordenação
de múltiplos processos é uma característica principal da emoção.
A
inteligência emocional é definida como a capacidade de perceber quando as
emoções facilitam pensamento; a capacidade de compreender e conhecer a emoção;
e a capacidade de controlar emoções crescendo emocional e intelectualmente
(Mayer & Salovey, 2007).
Para Mayer e Salovey,
(2007) a inteligência emocional é a
habilidade de processar informações sobre as próprias emoções e dos outros, e
habilidades de canalizar tais informações para guiar o pensamento e o
comportamento.
Quase todos os
autores convergem no que diz respeito ao conceito básico da IE, alegando que a inteligência emocional é
a capacidade que um indivíduo tem de compreender e gerenciar as próprias emoções e
dos outros, como também de aprender a lidar com essas emoções.
No entanto, a grande divergência
entre Goleman e os autores Mayer e Salovey no que concerne a definição da inteligência emocional
como se observa, reside no parecer de que as emoções podem ser usadas para
conduzir e controlar os pensamentos na perspectiva de (Salovey & Mayer,
1990). Ao passo que Goleman (1995) acredita que as emoções são
canalizadas aos sentimentos de modo controla-las e manipular os mesmos
(sentimentos).
Segundo diz Goleman, (1995), esses
sentimentos emocionais passam com tempo e paciência. Mas quando eles são muito
intensos e ultrapassam um limite razoável, atingem seus perturbadores extremos
de ansiedade crónica, ira descontrolada, depressão. E, no ponto mais severo e
insuportável, para que sejam debelados pode ser necessária a medicação,
psicoterapia ou as duas coisas juntas (medicação e acompanhamento psicológico).
Mayer e Salovey,
(1997), advertem ainda que a inteligência emocional envolve ainda a capacidade
de perceber, de avaliar e de expressar emoções convenientemente.
2.4.Modelos da Inteligência Emocional
Em relação a inteligência emocional, é realizada
uma síntese da génese e do desenvolvimento do conceito, distinguindo-se dois
tipos fundamentais de modelos:
Os modelos de aptidões como de Salovey e Mayer
(1990) que se focam nas aptidões mentais, nas emoções e na sua interacção com a
inteligência como são tradicionalmente definidas e os modelos mistos, desenvolvidos por (Goleman, 1995) e por (Bar-On,
2000) que consideram as aptidões mentais e uma variedade de outras
características como a motivação, a actividade social e determinadas qualidades
pessoais (auto-estima, felicidade, empatia, entre outras) como uma entidade
única.
Goleman
(1995) em seu modelo evidenciou que no que toca ao campo das emoções muitos
aspetos necessitam de ser revistos. O seu estudo acerca da IE é baseado numa
pesquisa em escolas, empresas, famílias e em trabalhos na área da
neurofisiologia.
Em suas
pesquisas Goleman mostra que é necessário equilibrar o pensamento racional com
controlo e autoconhecimento para a realização de diversas factualidades na
vida. Na sua perspetiva, grande parte do comportamento emocional está trilhado
numa matriz estabelecida pela genética e pelas primeiras experiências da vida.
Grande parte dos impulsos negativos, como a ira, a ansiedade e a melancolia,
poderiam ser parcialmente controlados e dominados (Goleman, 1995).
Já segundo
Salovey e Caruso (2000) os modelos de aptidões foram mais recentemente
subdivididos em dois tipos:
Os
modelos de aptidões específicas, que se centram numa ou em várias aptidões
mentais específicas importantes para a inteligência emocional; e
Os
modelos de aptidões integradas, que assumem a inteligência emocional como uma
capacidade global resultante da junção de todas essas aptidões mentais. De
acordo com esta classificação, o modelo de Mayer e Salovey referido seria um
modelo de aptidões integradas.
Para
Mayer, Salovey e Caruso (2000) os modelos de aptidões são provavelmente os
únicos que correspondem, de facto, à inteligência emocional, uma vez que a
descrevem como uma forma de inteligência, obedecendo aos critérios empíricos
para tal: os problemas mentais têm uma resposta certa ou errada, as
competências medidas apresentam correlação positiva entre si, como acontece com
as aptidões mentais em geral, e o seu nível aumenta com a idade e com a
experiência. Embora isso os mesmos autores concordam que qualquer um dos
modelos da inteligência emocional desenvolvidos podem ser úteis no estudo da
eficiência humana e do seu sucesso na vida.
Tabela 1:
comparação teórica dos principais autores na área de IE
Mayer & Salovey (1997) |
Bar-On (2000) |
Goleman (2001) |
|
Definição geral de Inteligência Emocional |
|||
Capacidade para perceber e expressar emoções, assimilar as emoções no pensamento, compreender e raciocinar com emoções em si próprio e nos outros. |
Competências, facilitadores sociais e emocionais
que determinam a eficácia com que nos expressamos nos, compreendemos os
outros, nos relacionamos e lidamos com as exigências diárias. |
Capacidade para reconhecer os novos sentimentos e
os dos outros, do nos motivarmos e de gerirmos bem as emoções em nós próprios
e nas nossas relações. |
|
Áreas de capacidades e exemplos específicas |
|||
Percepção das emoções |
Capacidades
intrapessoais |
Autogestão |
|
-Identificar e expressar Emoções; - Identificar e expressar, emoções sobre outros,
trabalho artístico, linguagem, etc. |
-Autoconsciência das emoções; - Assertividade; - Auto estima; - Auto- actualização; - Independência. |
- Auto controlo; - Confiança; - Convencionalidade; - Adaptabilidade; -Orientação aos resultados; - Iniciativa. |
|
Assimilação das emoções |
Capacidades interpessoais |
Autoconsciência |
|
- As emoções atribuem prioridades ao pensamento de forma produtiva; - Emoções auxiliam o juízo e a memória. |
Relações interpessoais; - Responsabilidade social; - Empatia. |
- Autoconsciência emocional; - Auto-avaliação correta; - Autoconfiança. |
|
Compreensão das emoções |
|
Consciência Social |
|
- Categorizar emoções; -Abarcar relações unidas as alterações emocionais |
|
- Empatia; - Orientação para o Serviço; -Consciência organizacional. |
|
Gestão de Emoções |
|
Gestão de Relações |
|
- Manter-se aberto às emoções; - Monitorizar e regular emoções de modo refletivo para promover crescimento emocional e intelectual. |
|
- Influência e Liderança; - Comunicação; - Gestão de conflitos; - Catalisador de mudança; -Construção de laços; e Colaboração. |
|
Fonte: Comparação
de modelos de Inteligência Emocional (adaptado de Mayer, Salovey & Caruso,
2000).
Na
tabela são apresentadas as diferentes definições e dimensões que
cada teoria busca avaliar, no que se refere às modalidades de avaliação da IE,
para o modelo de Salovey e Mayer, a IE é avaliada utilizando o
Mayer-Salovey-Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), uma medida de
desempenho que exige que o participante complete tarefas associadas com a IE.
Por sua vez, Bar-On e Goleman utilizam nos seus modelos medidas de auto-relato
da IE que busca avaliar 5 dimensões contra 4 de Solovey e Caruso.
No modelo de Bar-On é utilizado o Emotion
Quotient Inventory (EQ-i) e no modelo de Goleman o Emotional Competency
Inventory (ECI), Emotional Intelligence Appraisal (EIA), e o Work Profile
Questionnaire – Emotional Intelligence Version (WPQei) (Stys & Brown,
2004).
2.5.Critérios da
Inteligência Emocional (Modelos de Aptidão) de Mayer e Solovey
Mayer, Caruso e
Salovey (2000) referiram que a IE requer o cumprimento de 4 critérios rigorosos
para atingir o status de uma inteligência como as já estabelecidas: conceitual,
correlacional e desenvolvimental.
A teoria diz que a
IE é uma inteligência como outras existentes, porém sendo dependente dos 4
critérios os quais a inteligência emocional é dependente. Na perspectiva de
Mayer e Salovey, esses critérios são vistos como funções adaptativas
que proporcionam vantagens a si e aos outros. Para considerar que uma pessoa
tem alta inteligência emocional, ambos os autores falam de quatro habilidades
básicas que são:
·
A capacidade de perceber e expressar as próprias emoções
e as alheias correctamente;
·
Habilidade de usar as emoções de uma maneira que
facilite o pensamento;
·
Capacidade para entender emoções, linguagens emocionais
e seus sinais; e
·
Habilidade para lidar com emoções com o objectivo de
alcançar metas
2.5.1.Percepção e
Expressão Correta das Emoções
Segundo os autores,
a percepção emocional (PE)
constituiria a mais básica das habilidades da IE, a qual reflectiria a
aptidão para reconhecer distintas emoções em si e nos outros de maneira
acurada, além da capacidade de expressá-las nas situações sociais a percepção
emocional indicaria o quão bem uma pessoa seria capaz de entender significados
e situações emocionais, através da utilização de processos de memória e
codificação emocional (Mayer & Caruso 2002).
Esta primeira habilidade da
inteligência emocional segundo Salovey e Mayer (1990) é a identificação das
emoções próprias e alheias. Em primeiro lugar, a pessoa deve ser capaz de
compreender o que está sentindo emocionalmente, mas também os pensamentos tanto
os derivados quanto os que as geram. Posteriormente adquire-se a habilidade de
fazer o mesmo (perceber as emoções) dos outros.
Posteriormente a pessoa deverá ser a
capaz de expressar suas emoções correctamente. Assim, também aprende a
transmitir suas necessidades relacionadas aos seus sentimentos. Por fim,
adquire-se a habilidade de distinguir entre expressões corretas e incorrectas
das emoções dos outros.
2.5.5.Facilitação
Emocional do Pensamento
Nesta fase dirige-se o pensamento à
informação mais importante. Segundo Salovey e Mayer, nesta fase as emoções
fariam a pessoa flutuar de um estado emocional ao outro. Assim, ela seria capaz
de considerar diferentes pontos de vista sobre um problema. Por fim os
sentimentos nesta etapa levam a tomar decisões mais corretas e a pensar de
maneira mais criativa.
2.5.3.Compreensão
das Emoções
A capacidade
de compreensão emocional (CE)
estaria relacionada a três habilidades:
·
Capacidade de identificar emoções e codificá-las;
·
Entender os seus significados, curso e a maneira como se
constituem e se correlacionam; e
·
Conhecer suas causas e consequências.
Primeiro, adquire-se a capacidade de
distinguir uma emoção básica de outra, além de utilizar as palavras adequadas
para descrevê-las. Depois, essa habilidade é desenvolvida, permitindo que a
pessoa situe esse sentimento em seu estado emocional.
De seguida a pessoa é capaz de
interpretar emoções complexas. Por exemplo, uma reacção que misture nojo e
fascínio ou medo e surpresa. Por fim, também se adquiriria a habilidade de
detectar a transição entre duas emoções, como da raiva à vergonha ou da
surpresa à alegria.
2.5.4.Habilidade
de Lidar com as Emoções para Alcançar Metas
Na fase anterior, a pessoa
adquiriria a capacidade de estudar emoções em relação a si mesma e aos outros.
Isso seria realizado dependendo de seu nível de influência, sensatez ou. Por
fim, a pessoa seria capaz de lidar com as emoções próprias e alheias moderando
as negativas e aumentando as positivas
Em concordância com
autor Goleman, (Mayer e Caruso 2002), afirmam que a IE envolvia-se a
autoconsciência a empatia, autocontrole, sociabilidade, zelo, persistência e
auto- motivação. Referiu-se à IE, também, como carácter e sugeriu que ela
determinaria em grande parte o sucesso ou o fracasso das relações e
experiências quotidianas.
Em outro livro,
afirmou que a IE é responsável por cerca de 85% do desempenho de líderes
bem-sucedidos, ou que comparada com o QI, a IE é duas vezes mais importante
(Goleman, 1998). Embora mais tarde, entretanto, o próprio Goleman havia
reconhecido a necessidade de mais pesquisa neste esboço.
Muitos autores
enfatizaram que cientistas académicos deveriam discernir entre senso comum e
pesquisa científica. Contrariamente a sobreposição de conceitos corrente nas
concepções mistas da IE, pesquisas têm apoiado a existência da IE como uma habilidade
mental assim como a definem (Mayer, Caruso, et al., 2000).
2.6.Componentes da Inteligência Emocional
(Modelo Misto) de Goleman
Segundo Goleman
(1995), para atingir a inteligência emocional como forma de entender os
processos variáveis do comportamento por elas condicionadas, e a respectiva
forma de lidar com elas saudavelmente, ele aponta cinco principais componentes
da inteligência emocional como requisitos que são representativamente:
·
A autoconsciência
emocional;
·
Auto regulação
emocional;
·
Motivação;
·
Empatia;
·
Competências
sociais.
·
Segundo Goleman (1995), as primeiras competências, isto é,
competência de autoconsciência emocional e a auto regulação emocional visam
desenvolver competências pessoais, as restantes são formas de desenvolvimento de
inteligência comunicativa com as pessoas. Desta forma, compreende-se então que
as formas interactivas são as bases de especulação da inteligência emocional de
um dado indivíduo. Em seguida passa-se a explicar em que consistem cada uma das
componentes que constituem a inteligência.
2.6.1.Autoconsciência
Emocional
Capacidade
de compreender seus estados e ânimo, em suma, a capacidade de reconhecer as
próprias emoções e sentimentos. A ausência desta habilidade de reconhecer os
sentimentos nos deixa à mercê das emoções. Pessoas com esta habilidade
emocionais são mais orientadas em suas vidas. Este processo envolve Conhecer a si mesmo,
analisar suas emoções e os actos que você faz como resposta aos seus
estímulos.
Quando
você se sente frustrado por exemplo, é importante compreender se é esta uma
resposta verdadeira ou ela pode estar escondendo um outro sentimento e a
ansiedade, será ela responsável por esconder outras emoções muito mais
complexas ou uma reacção normal a situação a que esta sobreposto.
Por
trás deste sentimento, pode existir medo do fracasso, receio de julgamentos,
temor de se apresentar em frente a um público.
Reconhecer
verdadeiramente seus sentimentos, a ponto de nomear correctamente as suas
emoções, é o primeiro passo fundamental para desenvolver a inteligência
emocional, ou seja, é preciso conhecer as emoções para poder gerenciá-las, por
isso, conhecer
as próprias emoções é a chave da inteligência emocional (Goleman,
1995).
No
entanto é, também, preciso estar ciente do processo gradual que implica esse
conhecimento e como ele varia de pessoa para pessoa a fim de facilitar o
processo de descoberta, um exercício simples e benéfico é anotar, ao fim de
cada dia, os sentimentos que você percebeu e como lidou com eles;
2.6.2.Autoregulação
Emocional
O gerenciamento das emoções é feito a partir do
conhecimento delas, logo, após entender as suas emoções, é o momento de
trabalhá-las.
Habilidade de
controlar impulsos emocionais, isto é, Habilidade
de lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida.
Tendo consciência das emoções negativas que nos bloqueiam, podemos nos libertar
delas por meio de um processo dirigido pela razão. Ao finalizar uma semana, anotando os seus sentimentos e a forma como
lidou, fazer um balanço.
Quais foram os sentimentos mais frequentes? Quais as
formas como você lidou com esses sentimentos?
Segundo Goleman (1995) a consciência das emoções é
factor essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. Ao
controlar as emoções é importante entender a diferença existente entre dois
conceitos: autopercepção e heteropercepção.
·
A autopercepção se refere ao que
entendemos e percebemos;
·
A heteropercepção diz respeito ao
modo como os outros enxergam a mesma situação.
Muitas
vezes, através da primeira, achamos que nosso modo de agir é assertivo, no
entanto, pessoas ao nosso redor podem interpretar nossas acções como as de uma
pessoa ríspida. Pois o que as pessoas enxergam não é, necessariamente, o que
você pensa. Sendo assim, conhecer as possíveis percepções alheias também é
fundamental para trabalhar sua Inteligência Emocional e é por meio deste
controle que se domina a melhor forma de emitir mensagens e, assim, evitar
entendimentos distorcidos;
2.6.3.Auto Motivação
Capacidade de
orientar sua energia a uma meta ou objectivo, a motivação no que concerne a
IE trata-se da capacidade de dirigir as emoções a serviço de um objectivo ou
realização pessoal. Se nos deixarmos levar pela ansiedade e pelos
aborrecimentos, dificilmente conseguiremos nos concentrar na tarefa que estamos
realizando. Por outro lado, se estivermos motivados, encontraremos prazer no
trabalho e não perderemos a calma durante o período de espera pela
gratificação.
É preciso acreditar que dá pra mudar. Não existe o
“eu sou assim mesmo”. É neste momento que a auto- motivação mostra sua
importância como um dos pilares fundamentais da Inteligência Emocional.
Portanto, a auto- motivação é fundamental para investir em uma mudança que
possibilitará maior crescimento no trabalho, nos relacionamentos, na vida...;
2.6.4.Empatia
Empatia é a
qualidade de entender e viver como seu o estado emocional de outros.
Diz respeito à habilidade de reconhecer emoções no outro e ter empatia de
sentimentos. Empatia é outra habilidade que constrói o autoconhecimento
emocional. Ela permite às pessoas reconhecerem necessidades e desejos nos
outros, permitindo-lhes a construção de relacionamentos mais eficazes. Tal como a inteligência emocional, a empatia é um
conceito que tem ganhado grande destaque, não sem razão.
A empatia diz respeito a se inserir no contexto em
que o outro está. É entender porque, para o outro, aquele sentimento despertou
determinada emoção. É
importante ter consciência do fato de que a empatia é uma escolha. É um
processo que requer dedicação. Ser
empático é fundamental no desenvolvimento da Inteligência Emocional.
A empatia é importante porque melhora as relações
humanas e possibilita ver as coisas pelo ângulo das outras pessoas.
Ter empatia, tornar-se mais habilidoso
nas relações com outros, entender os desejos e motivações do outro, é
fundamental para a vida em sociedade.
2.6.5.Habilidades
Sociais
Tendências a dar a resposta mais adequada as demandas
sociais, ela são referentes a habilidade de interacção com
outros indivíduos, utilizando competências sociais. O relacionamento é, em
grande parte, a habilidade de gerir sentimentos de outros. É a base de
sustentação da popularidade, da liderança e da eficiência interpessoal. Pessoas
com esta capacidade são mais eficazes em tudo o que diz respeito às interacções
interpessoais.
Somos parte de
um organismo maior, organismo social. Para se relacionar bem, socialmente, é
fundamental o equilíbrio entre a empatia, o
autocontrole a autoconsciência. Conhecer e se relacionar com pessoas é
conhecer possibilidades, quanto mais se dominar a empatia, mais se constrói
relações positivas e saudáveis. Tanto no âmbito familiar quanto social, é
importante saber se relacionar e conseguir transitar entre os grupos, é um dos
pilares da inteligência emocional.
Relacionamentos
baseados no respeito são, sem dúvida, uma das formas mais eficientes de criar
um ambiente positivo ao seu redor e evitar problemas de carácter
sociodemográficos. As duas primeiras componentes supracitadas são habilidades
intrapessoais e as três últimas, interpessoais. As primeiras são essenciais
para o autoconhecimento e os restantes habilidades interactivas com os demais e
o meio segundo diz (Goleman, 1995).
A inteligência emocional não é fixa, oscila ao longo da vida
e graças a isso é possível desenvolver novas capacidades e habilidades sociais
e melhorar com o passar dos anos. Em suma, a teoria da IE de Goleman afirma que
se requer algo mais do que o intelecto para que a vida seja boa e que a
inteligência emocional é a chave para o êxito pessoal.
2.7.Importância da
Inteligência Emocional
A inteligência emocional apresenta uma tamanha
importância na vida humana tanto no âmbito escolar, social, profissional, vida
clinica, etc. deste modo, serão apresentados, neste espaço, a extensão da sua
importância em alguns aspectos da vida.
Algumas
pesquisas comprovam que quem possui esse tipo de capacidade é mais bem-sucedido
profissionalmente e se dá muito bem em seu ambiente de trabalho. Além
disso, pessoas com altos níveis de QI são superadas 70% das vezes por pessoas
emocionalmente inteligentes. (Ronaldo, 2015) Isso
acontece porque a inteligência emocional está ligada a diversos factores.
2.7.1. Importância da IE nos Relacionamentos
Embora seja verdade, também, que a capacidade racional seja
capaz de resolver problemas de forma eficaz, mas não é o segredo para o sucesso
pessoal. Pois (Goleman, 1997) afirma que o Qi prevê apenas 10 a 20% do sucesso
na vida, parece ser praticamente irrelevante nas relações, assim o que importa
não são as capacidades intelectuais, mas a aptidões pessoas, ou seja a IE.
Relacionamentos de pessoas emocionalmente
inteligentes são relacionamentos saudáveis. Com emoções equilibradas as
relações interpessoais tendem a ser mais duradouras, fortes e baseadas no
respeito e normas pré-estabelecidas. Conseguir se comunicar de maneira mais
assertiva, expressar melhor seus pensamentos, além de possuir mais habilidades
como ouvinte são também um conjunto importante possuídos por pessoas com
habilidades emocionais.
Acredita-se
ainda que pessoas emocionalmente inteligentes frequentemente apresentam escores
altos em inteligência verbal, social, além de outras inteligências, e tenderiam
a ser mais abertas a novas experiências e mais sociáveis (Reis et al., 2007).
Foram,
também, encontradas evidências de que a inteligência emocional prediz
satisfação em relacionamentos, de forma mais significativa do que as dimensões
de personalidade (Lopes et al., 2003). Outro estudo conduzido por (Bastian et
al. 2005) (onde foram utilizadas as escalas TMMS e MSCEIT), demonstrou que
indivíduos com altos escore em IE apresentaram maior satisfação de vida,
capacidade de resolução de problemas e de menores níveis de ansiedade.
2.7.2. Importância da IE na Saúde
Ansiedade, nervosismo, desânimo, distúrbios
alimentares e problemas estomacais estão intimamente ligados as nossas emoções.
Por isso, ter corpo e mente equilibrados depende e muito da forma como administramos
os nossos sentimentos.
Assim
a IE pode apresentar contribuições importantes na saúde clínica, isso porque segundo eles, ela seria um
elemento fundamental para a ocorrência de mudança num processo terapêutico; a
qual envolveria necessariamente alguma capacidade da pessoa em identificar,
regular, controlar ou modificar suas emoções e pensamentos produzidos
inicialmente por estas (emoções) (Matthews et al., 2002).
Segundo
Salovey et al. (2000) afirmaram que a capacidade de reconhecer as emoções e
modificar certos pensamentos que ocasionam reacções emocionais insatisfatórias
constitui um dos objectivos centrais de um tratamento. Portanto, uma terapia
poderia, também, envolver uma aprendizagem por parte do paciente, sobre como
discriminar suas emoções, bem como as dos outros.
Além
disso, a grande maioria de sujeitos portadores de desordens clínicas e mentais,
demonstram deficiências no processamento da informação emocional e na
capacidade de auto- controle, as quais provavelmente seriam deficientes em IE
(Matthews et al., 2002)
Mayer,
Salovey, et al. (2000) também sugeriram o uso de testes de IE em procedimentos
psicodiagnósticos, na medida em que estas escalas poderiam fornecer informações
úteis sobre os recursos emocionais de clientes, as estratégias emocionais por
eles utilizadas, além de seu potencial para o aproveitamento terapêutico. Os
autores visualizaram o uso destas escalas por parte de clínicos, com o
objectivo de melhorar a previsão dos progressos terapêuticos de seus clientes.
2.7.3. Importância da IE no Contexto Escolar
Um
dos aspectos mais importantes do debate actual acerca da IE envolve as suas
contribuições para o sucesso escolar que também é conhecido por educação sócio-
emocional. A educação soco-emocional se preocupa com o desenvolvimento de
habilidades que vão auxiliar as crianças a lidarem melhor com situações de
conflito, reduzindo a vulnerabilidade dos estudantes. Isso é feito estimulando
o espaço para que os alunos possam expressar seus anseios, temores e
frustrações (Mayer & Geher, 1996). As metodologias utilizadas
buscam estimular o debate e a autor-reflexão. Isso pode ser feito por meio de
meditações, dinâmicas e actividades que discutam temas relevantes, como
ansiedade, preconceito, dentre outros.
Embora
se afirme que a IE possa explicar grande parte do comportamento bem-sucedido,
poucos estudos têm efectivamente demonstrado estas relações de forma empírica
(Mayer, Caruso, et al., 2000).
Pois
Similarmente, Eisenberg, Cumberland e Spinrad (1998) argumentaram que a IE
influencia o desenvolvimento emocional e social das habilidades, que constituem
pré-requisitos básicos para a aprendizagem e ajustamento escolar. Tem sido
levantada a hipótese de que é possível educar aqueles que, em virtude de suas
experiências, não adquiriram competências emocionais suficientes. Por meio de
treinamento eles poderiam desenvolver habilidades para melhor reconhecer seus
sentimentos, expressá-los e regulá-los (Mayer & Geher, 1996).
As
crianças passam uma boa parcela do dia nas escolas. Por isso, as famílias
precisam se preocupar em visitar várias instituições e escolher a mais
adequada e preparada para seus filhos. É preciso avaliar as propostas
pedagógicas, qual é a importância que é dada para os factores emocionais, entre
outros.
2.8.Estratégias de
Regulação Emocional
As
psicopatologias podem advir de situações de regulação emocional desajustada.
Assim, para se obter uma adequada regulação emocional, podem ser utilizadas
estratégias de regulação específicas para cada emoção.
·
Por
exemplo, para lidar melhor com a tristeza/aflição profunda e abatimento
"diminuição acentuada das actividades normais do organismo segundo
Aurélio" , podem ser usadas estratégias como reestruturação cognitiva,
concretização de actividades de lazer, sociais, e desportivas (Arándiga &
Tortosa, 2004).
·
Para
a regulação da raiva Ódio foram identificadas estratégias de enfrentamento como:
distracção, auto verbalizações, assertividade, alterações cognitivas
(pensamento), técnicas de relaxamento e, ainda, o afastamento da situação que
gerou a emoção (Arándiga & Tortosa, 2004).
·
Quanto
à emoção medo, as estratégias mais empregues estão relacionadas com o pedido de
ajuda e análise da situação que causou medo, constatando a veracidade ou não da
situação através de uma avaliação da mesma (Arándiga & Tortosa, 2004).
A selecção da situação (aproximar-se
ou evitar pessoas, lugares ou actividades) exige aptidões cognitivas de
abstracção para imaginar e produzir possibilidades futuras e envolve a
possibilidade de um viés, pois as pessoas tendem a subestimar as suas respostas
emocionais a cenários futuros e a superestimar a duração das suas respostas
negativas para as mais variadas situações, enquanto a modificação da situação,
evitar responder agressivamente a uma provocação o que leva os outros a
desistência da continuação escolar como referido na última hipótese (Gross
& Thompson, 2007).
Por sua vez, a mudança cognitiva
pressupõe que a habilidade para avaliar a situação em que se está, com o
propósito de alterar o seu significado emocional, ou mudar a maneira de pensar
sobre a situação, ou até mesmo activar a capacidade de lidar com as demandas
que ela impõe necessita o conhecimento das emoções despertadas e aspectos
afectados como: a respiração, o aceleramento do coração, ataque de pânico assim
proporcionará a aquisição de um autocontrolo eficiente (e.g., quando a pessoa
se concentra na sua respiração alterada e na sua postura tensa, buscando um
relaxamento corporal que lhe ajude a lidar com a emoção) (Gross & Thompson,
2007).
Segundo os autores Macedo e Sperb
(2013) a selecção da situação, a mudança cognitiva e a modulação da resposta
são consideradas estratégias eficazes. Contudo, a sua aplicação depende de
requisitos desenvolvimentais de que são a habilidade para pensar de modo
abstracto e a maturidade emocional que permita exercer autocontrolo.
2.9.Resultados de Estudos de Inteligência Emocional
Em vários estudos sobre a inteligência emocional
feitos em empresas, escolas secundárias, faculdades e sociedade demonstraram
opiniões controversas com relação a associação dela (IE) e as variáveis
sociodemográficas. Na maioria delas favorecem as mulheres como sendo as mais
inteligentes emocionalmente no que tange a capacidade de sentimento de empatia,
elas apresentaram em todos estudos um nível mais considerável, os homens apresentaram
maior capacidade de controle emocional, superação de stress. Já em outros
estudos não acham relação entre a inteligência emocional e o sexo.
Bar-On (2000) verificou que sujeitos com maior idade pontuam mais do que
os jovens, na maioria das escalas do Emotional Quotient Inventory (EQ-i). Estes
resultados sugerem que, com a idade, os sujeitos se tornam social e
emocionalmente mais inteligentes. Por outro lado, este autor não encontrou
diferenças estatisticamente significativas na pontuação total do Eqi no que
toca ao género. O modelo proposto por este autor revela ainda que as mulheres
são mais fortes em termos de competências interpessoais, demonstrando uma maior
empatia e consciência das emoções. Os homens, por sua vez, são melhores a gerir
emoções, possuem uma maior auto estima, lidam melhor com o stress, são
mais flexíveis, resolvem melhor problemas e são mais optimistas, pelo que terão
competências intrapessoais mais desenvolvidas (Bar-On, 2000).
Gonçalves (2006), num estudo acerca da IE em jovens estudantes do 12º
classe, com 30 alunos com idades entre os 17 e 22 anos, corrobora a ideia de
Mayer e Salovey de que a IE aumenta com o avanço da idade, uma vez que os
resultados do seu estudo revelaram que pessoas mais velhas têm uma maior IE face aos mais jovens. Adicionalmente, a autora
observou ainda que existem diferenças entre géneros, possuindo as mulheres uma
maior IE face aos homens.
Também resultados de outras pesquisas, nomeadamente de Austin (2005),
Ciarrochi, Chan e Bajgar (2001) evidenciaram que sujeitos do género feminino
obtêm resultados relativamente à IE, significativamente mais elevados que os
sujeitos do sexo masculino (Gonçalves, 2006).
Adicionalmente, Berrocal, Ramos e Extremera (2001) afirmam que as
mulheres pontuam mais que os homens na IE o que é consistente também com investigações
anteriores (Mayer & Geher, 1996; Morando, 1999, citado por Berrocal, Ramos
& Extremera, 2001) ou seja, as mulheres evidenciam maior facilidade na
percepção das emoções comparativamente com os homens.
Segundo Kring e Gordon (1998), as mulheres são mais expressivas do que
os homens, seja para as emoções positivas, seja para as negativas. Existe
também evidência de que os homens são mais concretos na expressão e percepção
de emoções negativas, ao passo que as mulheres são mais concretas na expressão
e percepção de emoções positivas (Heinhold, Kerr, & Palladino, 1998, citado
por Dinis, Gouveia & Xavier, 2011).
Junta-se ainda o fato de os homens se sentirem mais confiantes quanto à
expressão de emoções negativas, enquanto as mulheres se sentem mais confiantes
na expressão de emoções positivas (Heinhold et al., 1998, citado por
Dinis, Gouveia & Xavier, 2011).
Um
estudo feito por Pâmela
(2016) em estudantes da faculdade Federal Pernambuco Brasil apontou que os
alunos do género masculino apresentam maior inteligência emocional que as
alunas.
Embora
uma pesquisa realizada por Vieira et. al (2008) citado por Pâmela (2016) sugere que as mulheres possuem um córtex
orbito frontal da amígdala maior que o do homem, essa parte do cérebro é a
região responsável pelas emoções, o que significa que as mulheres têm uma
pré-disponibilidade a inteligência emocional que os homens, no entanto as
experiências podem tornar uma pessoa mais inteligente emocionalmente que a
outra independente da pré-disponibilidade genética como verificado.
Pâmela (2016) também constatou na sua pesquisa que os
alunos com a maior faixa etária tendem a possuir a maior média de IE, isto
implica que esses tendem a ser emocionalmente mais inteligentes que os alunos
das demais faixas etárias. Talvez dê-se tal resultado, pela experiência obtida
ao longo da vida de cada um, ou seja, quando mais experiente é o sujeito a
adversidades de convivência, mais tendente a inteligência emocional se torna.
CAPITULO
III
3. Resultados
e Discussão
Antes
de apresentar os resultados sobre a inteligência emocional dos alunos,
investigou-se a média, o desvio padrão e o nível de confiabilidade do
questionário.
Tabela
2 - Media, desvio padrão, variação e alfa de Cronbach
Dimensões
da IE |
N˚.
Itens |
M |
DP |
Variância
|
ᵅ |
Consciência
emocional |
7 |
1,99 |
,981 |
1 - 4 |
,823 |
Controle
emocional |
5 |
2,13 |
,860 |
1 - 4 |
,823 |
Auto-
motivação |
11 |
2,17 |
0,931 |
1 - 4 |
,822 |
Empatia
|
13 |
2,17 |
,885 |
1 - 4 |
,823 |
Socialização
|
7 |
2,11 |
,937 |
1 - 4 |
,824 |
Escala
geral |
43 |
2,10 |
,913 |
- |
,823 |
Fonte:
dados da pesquisa (2021)
Os resultados constantes na Tabela 2
sugerem que a tendência média das respostas dos questionados quanto a dimensão Consciência emocional com uma média
M=1,99 é a opção 1 (costumo fazer sempre) e DP mais alto de 0,981.
Com relação a dimensão Controle
emocional com uma média de M= 2,13, em que a sua tendência de reposta é da
opção 2 (costumo fazer isso muitas vezes) e com o desvio padrão mais baixo DP
(0,860).
Na dimensão Auto-motivação
com uma média de M= 2,17, em que a sua tendência de reposta
é da opção 1 (costumo fazer isso sempre) e com o DP (0,931).
Concernente a dimensão Empatia com uma média de M= 2,17, em
que a sua tendência de reposta é da opção 3
(costumo fazer isso poucas vezes) e com o DP (,885).
Concernente a dimensão Sociabilidade com uma média de M= 2,11,
em que a sua tendência de reposta é da opção 3
(costumo fazer isso poucas vezes) e com o DP (,937).
Todas as dimensões apresentam uma
variação de 1-4, com o coeficiente alfa acima do esperado, respectivamente de:
0,823, 0,823,
0,822, 0,823 0,824 com a média de 0,823
Com relação aos resultados do
coeficiente alfa de Cronbach, as respostas das questões do instrumento
apresentam uma consistência interna dos factores satisfatórios, registando-se
uma equanimidade explícita entre as dimensões, pois uma consistência desejável
da escala total apresenta valor alfa de 0,823, muito bom a uma aceitabilidade
requerida de 0,7.
3.1. Correlações entre variáveis sociodemográficas (género,
idade, estado civil, repetições de classe, vezes repetidas) e inteligência
emocional
Tabela
3: Correlações
entre variáveis sociodemográficas (género, idade, estado civil, repetições de
classe, vezes repetidas) e inteligência emocional
Correlações |
Idade |
Grupo |
Repetente |
V.
Repetidas |
Consciência
emocional |
,003 |
-,038 |
-,095 |
,133 |
Controle
emocional |
-,154 |
,087 |
-,046 |
-,005 |
Auto-motivação |
-,063 |
,001 |
-,055 |
-,001 |
Empatia |
,048 |
,049 |
,016 |
,025 |
Sociabilidade |
,004 |
,015 |
,003 |
,122 |
FONTE: dados da pesquisa (2021)
Observa-se na Tabela 3, que as dimensões
de inteligência emocional se
correlacionam com as variáveis sociodemográficas. Correlações próximas a zero
(0), significam que os itens não se correlacionam, enquanto correlações iguais
ou superiores a 0,2 (
Nesta
tabela permite observar as correlações das dimensões Consciência emocional, Controle emocional, Auto-motivação, Empatia e
Sociabilidade com as variáveis sociodemográficas (idade e vezes repetida).
Constata-se
que a consciência emocional apenas se correlaciona de forma positiva com a
variável Vezes repetidas na mesma classe, o que indica que quanto mais
repetições numa classe, maior é a tendência de percepção emocional do aluno.
Controle
emocional correlaciona-se negativamente com a variável idade, isto é,
indivíduos com menor idade tendem a apresentar mais controle emocional que os
adultos.
A
empatia não correlaciona-se com nenhuma das variáveis estudas neste caso.
A
sociabilidade correlacionou-se positivamente com a variável vezes repetidas de
classe, assim demostrando que os alunos que mais repetem de classe tendem a ser
mais sociáveis que os não repetentes.
Portanto,
os resultados demonstram que indivíduos repetentes tendem a apresentar
consciência emocional, indivíduos com menor idade tendem a apresentar mais o
controle emocional, vezes repetidas de classe influencia positivamente na
sociabilidade.
40
Tabela 4: Correlação entre as
variáveis Género, Estado Civil e inteligência emocional
Correlação |
Consciência
Emocional X2
df Sig M
Corr |
Controle
Emocional X2 df Sig
M Corr |
Auto-
Motivação X2 df sig M Corr |
Empatia X2 df Sig
M Corr |
Sociabilidade X2 df Sig
M Corr |
|
Género |
Masculino Feminino |
2,01
-,119
|
2,35 ,076 |
1,88
-,049 |
2,21 ,105 |
2 ,019 |
1,6 84
,437 |
3,3 82
,296 |
4,1
81
,291 |
2,6
83 ,282 |
2 83
,327 |
||
1,99
-,008 |
2,39 -,034 |
2,13
-,083 |
2,2 -,020 |
2,21 -,033 |
||
Estado Civil |
Solteiro Casado |
2,05 -,020 |
2,39
,137 |
|
2,18 ,062 |
,199 ,199 |
3,5 51
2,55 |
3,1 50
2,67 |
1,9 50 3,95 |
,971 49
,458 |
3,55 51 ,216 |
||
1,76 ,001 |
2,30 -,009 |
1,83 -,074 |
2,26 -,135 |
2 ,239* |
Fonte: dados
da pesquisa (2021)
Como pode se
verificar na tabela 4, no que diz respeito as correlações entre as dimensões da
IE e as variáveis género e estado civil, houve uma correlação
significativa entre a variável ser casado com a dimensão sociabilidade, com
o scorr de (r =,239*)
Já na dimensão consciência emocional, os
homens mostram-se negativamente correlacionados a esta dimensão, ou seja, os
homens mostram-se menos conscientes emocionalmente; diferentemente a
competência empática, em que teve uma correlação positiva, assim mostrando que
os homens tendem a ser mais propensos à empatia que as mulheres. Nas demais
dimensões não apresentaram correlação alguma.
Na associação da variável
sociodemográfica de estado civil, apresentou três correlações respectivamente o
controle emocional, empatia e sociabilidade. A consciência emocional
correlacionou-se positivamente com o estado Civil solteiro, significando que as
pessoas solteiras estão mais propensas ao controle emocional que as casados; a
empatia correlacionou-se com estado civil casado, ou sejas os casados
41
No que diz respeito a sociabilidade
houve uma correlação positiva com as duas variáveis “estado civil” solteiro e
casado. Solteiro com 0,199 e casado
com 0,239*. O que significa que
tanto os casados como os solteiros, ambos estão propensos a sociabilidade, mas
os casados apresentam correlação altamente significativa (como ilustrado acima),
ou seja, os casados tendem a ser mais sociáveis que os solteiros.
3.2.Discussão dos Resultados
A análise estatística demonstrou que
não ocorreu uma correlação significativa entre as dimensões globais da
inteligência emocional e as variáveis sociodemográficas, mas sim entre algumas
de suas dimensões foram encontradas correlações entre a dimensão.
A
análise dos resultados obtidos sobre a inteligência emocional indica que os
alunos estudados apresentam inteligência emocional baixa e essa inteligência
impacta negativamente no desempenho desses alunos, pois estudos comprovam a validade
preditiva da inteligência emocional como indicador de desempenho escolar e
social.
Como
se pode observar na tabela 2 a média geral dos estudantes da Escola Secundária
de Namicopo corresponde à 2,10 um valor considerado baixo, sendo que a
representação é de: 1 para uma IE muito baixa; 2 para uma IE baixa; 3 para uma
IE moderadamente baixa; 4 para uma IE moderada; 5 para uma IE moderadamente
alta; 6 par uma IE alta; e 7 para uma IE muito alta. Tendo em vista que a
escala vai de 1 à 4. A inteligência emocional dos alunos pode aumentar por meio
de treinamento e conforme as experiências emocionais vivenciadas no dia-a-dia.
O
estudo mostrou uma correlação negativa entre o controle emocional e a variável
idade, assim concordando com a autora Fernando (2012) cuja pesquisa evidenciou
que quando menor é a idade, maior é a tendência a adesão da consciência
emocional, que por sua vez entra em contradição com vários autores tais como Bar-On (2000) que verificou que sujeitos com maior idade pontuam mais do
que os que os de menor idade, na maioria das escalas do Emotional Quotient
Inventory (EQ-i). Gonçalves (2006), num estudo acerca da IE em jovens
estudantes da 12ᵃ classe, com 30 alunos com idades entre os 17 e 22 anos,
corrobora a ideia de Mayer e Salovey (1997) de que a IE aumenta com o avanço da
idade, uma vez que os resultados do seu estudo revelaram que pessoas mais velhas tendem a apresentar maior IE face aos mais jovens. Uma vez que a
rebeldia é fluente na Escola Secundária de Namicopo, é possível que a tendência
de mostrar mais rebeldia diante os de baixa idade, os mais velhos tendem a
inibir a sua capacidade de controle emocional afim de mostrar mais autoridade,
poder e força.
42
A variável género
masculino correlacionou-se de forma negativa com a dimensão consciência
emocional, assim discordando com Pamela (2006) que constatou em sua pesquisa
uma alta pontuação para os homens no que diz respeito a percepção e consciência
emocional, e Botelho (2010) em cuja pesquisa os homens
evidenciaram a capacidade de consciência emocional elevada, o achado da
pesquisa corrobora com autora Fernando
(2012) em que a sua
pesquisa mostrou que os homens tendem a ter uma baixa consciência emocional. Neste
caso, talvez deva-se pelo facto de eles estarem sempre em disposição a
tendências agressivas no sentido de vingança, exposição de poder ou
superestimação demasiada.
O ser do sexo Masculino também
correlacionou-se com a dimensão empatia de forma positiva, demostrando que os
Homens tendem a ser mais empáticos que as mulheres o que discorda com a
pesquisa de Austin (2005), Ciarrochi, Chan e Bajgar (2001) Gonçalves, (2006) e Fernando
(2012) que evidenciaram que sujeitos do género masculino obtêm resultados
relativamente negativos quando comparado as mulheres.
Adicionalmente,
Berrocal Petel at al. (2001) afirmam que as mulheres pontuam mais que os homens
na IE o que é consistente com investigações anteriores de Mayer e Geher, (1996),
assim como do autor Morando (1999)
citado por Berrocal Petel at al. (2001) que demostraram que as mulheres
evidenciam maior facilidade na empatia comparativamente aos homens. Segundo
Kring e Gordon (1998), as mulheres são mais expressivas do que os homens, isto
é, para as emoções positivas e negativas. Existes também evidências de que os
homens são mais concretos na expressão e percepção de emoções negativas, ao
passo que as mulheres são mais concretas na expressão e percepção de emoções
positivas (Heinhold, Kerr, & Palladino, 1998; citado por Dinis Afonso et
al, 2011).
43
Talvez
seja porque as mulheres casadas sentem-se mais asseguradas em seus lares o que
as faz desenvolverem a autoconfiança e assim sentindo-se protegidas o que as
torna menos vigilantes quanto aos seus impulsos. O público casado aqui é
apontado como género feminino por não ter havido homem algum que fosse casado
nesta amostra.
O
estado civil casado correlacionou-se negativamente com a dimensão empatia, o
que significa que as mulheres casadas tendem a ser menos empáticas, o que não
vai em conformidade com autor Botelho
(2010) que em sua pesquisa os casados tiveram uma pontuação alta como indicação
de que os casados tendem a ser mais empáticos que os solteiros
No
caso em questão, é possível que essa falta de empatia seja restrita apenas às
pessoas da mesma faixa etária que elas ou mais velhas, tendo canalizado toda a
empatia apenas ao seu lar (filhos, marido…), pois quando uma pessoa percebe a
sua fraqueza restringe a abrangência da sua capacidade em ajudar pessoas mais
do que pode, outro facto pode ser pela socialização com o ambiente cuja
manifestação esta sempre ávida em conflitos, bricas e desordem causando assim
esta falta de empatia.
3.3.Confirmação das Hipóteses
Duas
hipóteses conduziram a emulsão deste trabalho tais como: H1: Devido tendências à
rebeldia dos alunos espera-se menor pontuação nas dimensões da inteligência
emocional; H2: Existem relações entre a inteligência emocional e as
variáveis sociodemográficas idade, género, estado Civil, grupo, reprovações e
vezes de reprovadas.
44
Em relação a
hipótese 2, que abordava a existência de relações entre a inteligência
emocional e as variáveis sociodemográficas idade, género, vezes repetidas,
grupo e repetentes, esta foi confirmada parcialmente, pois
as variáveis idade, vezes reprovadas, género e estado civil mostraram
correlação com a inteligência emocional apesar de grupo e repetente não terem apresentado
correlação alguma.
45
49
48
Conclusão
45 |
49 |
48 |
Para a materialização
deste longo e árduo trabalho foi percorrido sob alguns objectivos pré-
seleccionados como sendo norteadores do estudo em questão. O fim em geral foi
de avaliar o nível de inteligência emocional e os factores associados em alunos
finalistas e, em função deste objectivo geral foram estabelecidos dois
objectivos específicos que são:
Identificar os factores
interferentes na inteligência emocional; e relacionar o nível de inteligência
emocional com as variáveis sociodemográficas Género, Idade, Estado Civil,
Grupo, Repetição e Vezes Repetidas.
Com relação aos factores
interferentes na IE, pode-se dizer certeiramente que o estudo apontou através
de dados analisados agentes que influenciam neste tipo de inteligência como
sendo factualmente o factor idade, o factor estado civil, o factor género e
factor vezes de repetição na mesma classe. Estes são os factores constatados
como sendo elementos interferentes na construção da inteligência emocional.
Tudo isso indica que a experiência é o
real construtor deste constructo (IE).
No que diz respeito as
associações da inteligência emocional com as variáveis sociodemográficas idade,
estado civil, vezes repetidas pelo que foi apanhado no presente trabalho,
houveram correlações entre as variáveis sociodemográficas supracitadas com
algumas dimensões da IE, contudo, as variáveis como grupo, repetição não
obtiveram nenhum tipo de correlação.
As correlações
significativas obtidas no presente estudo foi o estado civil ser casado com a
dimensão sociabilidade; Desta forma pode-se alegar categoricamente que a
materialização do estudo foi satisfatório quanto aos objectivos.
Sugestões
Concernentes
as sugestões para o melhoramento da inteligência emocional dos alunos da Escola
Secundaria de Namicopo, seria necessário um profissional que pudesse fazer
palestras regulares aos alunos sobre implicações e vantagens de desenvolvimento
pessoal, espiritual e profissional proporcionado pelas competências emocionais;
Criar exercícios em prol o desenvolvimento da auto consciência emocional
por meio de dramatizações orientadas pelo psicólogo, fórum de exposição
emocional e aconselhamento
46
Referências
Bibliográficas
46 |
Arándiga, A.V., & Tortosa, C.V.
(2004). Inteligencia Emocional:
Aplicaciones educativas.
Madrid:
Editorial Eos.
Almeida, L., & Freire, T. (2000). Metodologia da investigação de psicologia e
educação
(2ͣ ed.).
Braga, equilíbrios
Barianxi.
I. C. D., & Pavani. R. (2008). espaço
de relações interpessoais e participação
académica.
Estudos de Psicologia. Disponível
em: <https://hpsys.com/PDFs/EQi_Info_Page.pdf>.
Acesso em: 28 de mar. 2016.
Bar-On, R. (2000). Emotional and Social Intelligence:
Insights from the Emotional
Quotient Inventory. The Handbook of Emotional
Intelligence. San Francisco:
Jossey-Bass
Bastian, V. A., Burns, N. R.., &
Nettelbeck, T. (2005). Emotional
intelligence predicts
life skills, but not as well as personality and
cognitive abilities.
Bello,
J. L. P. (2007). Metodologia Científica: manual
para elaboração de textos
académicos, Rio de
Janeiro: Universidade Veiga de Almeida.
Brackett,
M. A., & Mayer, J. D. (2003). Convergent,
discriminant, and incremental
Validity of Competing Measures of
Emotional Intelligence. Personality and Social
Psychology Bulletin., Disponível
em: < http://psp.sagepub.com/content/29/9/1147.short>. Acesso em: 24 de mar. 2016.
Berrocal,
P. F., Ramos, N. & Extremera, N. (2001). Inteligencia emocional, supresión
crónica
de pensamentos y ajuste psicológico. Boletín de Psicologí and
aging. Lincoln, NE: University of
Nebraska Press
47
a capacidade de perceber emoções.
Psicologia: Reflexão e Crítica, 16 (2), 279-291.
Cobêro,
C.; Primi, R.; Muniz, M. (2006). Inteligência
emocional e desempenho no
trabalho: um
estudo com o MSCEIT, BPR-5 e 16 PF. Paidéia, 16 (35), p.
337-348,
Darwin, C. (1872). A expressão das emoções no homem e nos
animais. São Paulo:
Companhia
das Letras.
Dinis,
A., Gouveia, J. P. & Xavier, A. (2011). Estudo das Características
Psicométricas da
Versão Portuguesa da Escala de Expressividade Emocional. Revista
Psychologia-
Avaliação Psicológica em Contexto Clínico.
Fernando D. S.
M. (2012) Inteligência Emocional em Alunos do 8º ano: Diferenças em
Função
de Variáveis Sociodemográficas. Dissertação Leiria.
Eisenberg,
N., Cumberland, A., & Spinrad, T. L. (1998). Parental socialization of emotion.
Psychological Inquiry
Fábio, R (2015). Evolução do Cérebro disponivel. em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolução_do_cérebro
Garber, J., & Dodge, K. A. (Eds.). (1991). The develop ment of emotion regulation and
dysregulation. Cambridge, UK:
Cambridge University Press.
Gil,
A. C. (1999). Metodologia e técnicas de
pesquisa, s/ ed, São Paulo: Atlas, ed., Atlas
Ed. Brasil.
Gil, A. C. (2002). Métodos e técnicas de pesquisa social, 4ͣ edição, atlas editora São
Paulo.
Gil,
A. C. (2008). Como elaborar projectos de
pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.
48
Gohm, C. L.,
Corser, G. C., & Dalsky, D. J. (2005). Emotional intelligence under stress:
Useful, unnecessary, orirrelevant? Personalityand
Individual.
Goleman, D.
(1995). Inteligência emocional
(M. Santarrita, Trad.). Rio de Janeiro, RJ:
Objetiva.
Goleman, D. (1998). Working with emotional intelligence. New York: Bantam Books.
Goleman,
D. (2007). Inteligência Emocional.
Tradução do original: Working With
Emotional
Intelligence por M. H. C. Côrtes. Rio de Janeiro :
Objetiva.
Gonçalves,
M. O. (2006). A Inteligência Emocional em jovens estudantes do 12º ano de
escolaridade. Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional:
Instituto
Superior de
Psicologia Aplicada: Lisboa.
Gouveia,
M. J., Marques, M. & Ribeiro, J. L. (2009). Versão portuguesa do
questionário de
bem-estar Espiritual (SWBQ): análise confirmatória da sua Estrutura
factorial.
Psicologia,
Saúde & Doenças.
Huot,
R. (2002). Métodos quantitativos param
ciências humanas. Tradução (Maria
Luísa Figueiredo). Lisboa: Instituto
Piaget.
Ivala,
A. Z. (2000). Orientação para Elaboração
do Projectos e Monografias Científicas,
1ª ed. Universidade Pedagógica, Nampula.
Monografia. Moçambique.
Kring,
A. M. & Gordon, A. H. (1998). Sex Differences in Emotion. Expression,
Experience and Psysiology. Journal of
Personality and Social Psychology.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A.
(1992). fundamentos e metodologias Cientificas. 4ed.
49
Lopes, P. N.,
Salovey, P., & Straus, R. (2003). Emotional intelligence, personality, and the perceived quality of social
relationships. Personalityand Individual Differences.
Lyons, J. B., & Schneider, T. R. (2005). The influence of emotional intelligence on
performance. Personalityand Individual Differences.
Marconi. M.
A., & Lakatos. E.M., (2005), Fundamentos
de metodologia Científica, 6ª
ed., Atlas Ed. Brasil.
Matthews,
G., Zeidner, M., & Roberts, R. D. (2002). Emotional intelligence:
Science
and myth. Cambridge, MA: Massachusetts Institute of Technology
Mayer, J. D., & Salovey, P. (1997). emotional intelligence. Sluyter
(Eds.), Emotional
develop mentand emotional intelligence: Implications for educators. New York:
Basic Books.
Mayer, J. D., DiPaolo, M. T., & Salovey, P.
(1990). Perceiving affective content in
ambiguous visual stimuli: A component of emotional
intelligence. Journal of
Personality Assessment.
Mayer, J. D., Salovey, P., & Caruso, D. R.
(2000). Models of emotional intelligence.
In R. J. Sternberg (Ed.), Handbook
ofintelligence. New York: Cambridge University
Mayer, J. D., Salovey, P., & Caruso, D. R.
(2002). Emotional Intelligence Test
(MSCEIT)
user's manual. Toronto, Canada:
MHS.
Mayer, J. D., Salovey, P., & Caruso, D. R. (2004). A further consideration of the issues
of emotional
intelligence. Psychological Inquiry.
Mayer, J. D., Salovey P. (2007). Que és la
inteligencia emocional. In J. M. M., Navas; P.
50
Mosconci, F. (1985). Desenvolvimento interpessoal. 3ͣ ed. Rio de Janeiro: LTC
Murta, S. (2007). Programas de Prevenção a Emocionais e
Comportamentais em
Crianças e Adolescentes: Psicologia: Reflexão e Crítica.
Pâmela,
M. C. (2016). A inteligência emocional dos estudantes dos períodos
iniciais e
finais do curso de administração da
universidade federal de pernambuco do campus
acadêmico do
agreste. Caruaru -
pernambuco
Botelho, L. S. A. S (2010) Inteligência
Emocional e desempenho académico em
alunos do nível superior. Coimbra
Richardson, R, J., & Pares, A.
S. (1999) metodologia e técnicas de
investigação Científica,
3a
edição, Atlas editora, são Paulo.
Reis, D.
L., Brackett, M. A., Shamosh, N. A., Kiehl, K. A., Salovey, S., & Gray, J.
R.
(2007). Emotional intelligence
predicts individual differences in social exchange
reasoning. Neuroimage.
Ronaldo,
L. (2015) inteligencia emocional Disponível em:
https://alcantaratreinamentos.com.br/blog/inteligencia-emocional-importancia
Salovey,
P., Bedell, B. T., Detweiler, J. B., & Mayer, J. D. (2000). Current directions in
emotional
intelligence research. In M. Lewis & J. M. Haviland-Jones (Eds.), Handbook
of emotions .
Santos,
A. (2018). IBM SPSS como Ferramenta de Pesquisa Quantitativa. Rev.
Produção,
Siqueira,
M. M. M; Barbosa, N. C., &
Alves,
M. T. (1999). Construção e validação fatorial
de uma medida de inteligência emocional.
Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v.15
51
Anexo
Prezado estudante
Sou Rodrigues Neves Rodrigues, estudante da Universidade Rovuma, Curso de Licenciatura em
Psicologia educacional. Estou elaborando o meu trabalho de conclusão do curso, com o título: Inteligência
Emocional em Alunos Finalistas do Ensino Secundário: Estudo na Escola
Secundária de Namicopo, Cidade de Nampula. Peço a sua colaboração respondendo as perguntas colocadas.
Assinale com X a opção a que mais
se identifica consigo, não havendo respostas certas ou erradas. As respostas
variam de Sempre à Nunca; Nunca significa que a coisa
não ocorre e nunca ocorreu consigo
e Sempre significa que ocorre de forma fluente.
52 |
||||||||||||||||||||
|
N˚ |
Perguntas |
Respostas |
|
||||||||||||||||
|
AUTOCONSCIÊNCIA |
Sempre |
Muitas vezes |
Poucas vezes |
Nunca |
|
||||||||||||||
|
1 |
Reconheço meus sentimentos com
grande facilidade. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
2 |
Falo comigo mesmo sobre os meus
sentimentos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
3 |
Avalio meus sentimentos para
compreender o que estou sentindo. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
4 |
Preocupo-me com o que estou
sentindo. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
5 |
Reconheço em mim sentimentos de
alegria e tristeza. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
6 |
Evito reflectir sobre o que
estou sentindo. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
7 |
Evito analisar o que estou
sentindo. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
8 |
Identifico todos os meus sentimentos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
9 |
Consigo nomear os sentimentos
que marcaram a minha vida. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
10 |
Reconheço meus sentimentos
contraditórios. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
AUTOCONTROLE |
Sempre |
Poucas vezes |
Muitas vezes |
Nunca |
|
||||||||||||||
|
1 |
Procuro pensar antes de
responder a algo que me desagradou. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
2 |
Procuro reagir com cuidado
diante de provocações. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
3 |
Reajo imediatamente diante de
uma agressão. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
4 |
Tenho na ponta da língua uma
resposta para o insulto. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
5 |
Conto até dez antes de
responder a um desaforo. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
6 |
Devolvo na mesma moeda um insulto
que recebi. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
7 |
Falo o que me vem à cabeça. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
8 |
Travo os meus impulsos em uma
situação de conflito. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
9 |
Tomo decisões com base em meus
impulsos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
10 |
Controlo os sentimentos que me
perturbam. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
AUTOMOTIVAÇÃO |
Sempre |
Poucas vezes |
Muitas vezes |
Nunca |
|
||||||||||||||
|
1 |
Persisto nos objectivos diante
dos fortes apesar das barreiras. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
2 |
Enfrento qualquer obstáculo
para conseguir o que quero. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
3 |
Fixo minha atenção nos planos
que fiz para a minha vida. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
4 |
Ajo com optimismo em relação
aos meus projectos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
5 |
Oriento minhas acções pelos
planos que fiz para o futuro. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
6 |
Elaboro com ânimo um projecto
pessoal. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
7 |
Planejo acções para
concretização de meus objectivos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
8 |
Duvido da realização das minhas
metas futuras. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
9 |
Tenho ânimo com a minha vida. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
10 |
Alcanço os objectivos que
estipulo para a minha vida. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
11 |
Deixo de realizar projectos
importantes para a minha vida. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
12 |
Dirijo meus sentimentos para
agir com sabedoria. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
EMPATIA |
Sempre |
Muitas vezes |
Poucas vezes |
Nunca |
|
||||||||||||||
|
1 |
Identifico com facilidade os
sentimentos das pessoas. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
2 |
Sei
se uma pessoa está com problemas mesmo que não fale. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
3 |
Reconheço
quando uma pessoa está com problemas. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
4 |
Percebo os sentimentos de uma pessoa através de
como fala |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
5 |
Sei o que uma pessoa está
querendo mesmo que ela não fale. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
6 |
Identifico as intenções de uma
pessoa logo que começa a falar. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
7 |
Constato como um amigo se sente
através dos gestos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
8 |
Descubro com facilidade o que
um amigo está sentindo. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
9 |
Descubro as intenções de uma
pessoa pela forma que ela age. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
10 |
Identifico quando alguém que
conheço está com problemas. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
11 |
Sei quando uma pessoa está bem
ou não pelo tom da voz. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
12 |
Sei quando um amigo precisa da
minha ajuda. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
13 |
Consigo nomear os sentimentos
das pessoas mais próximas. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
14 |
Identifico os interesses das
pessoas com quem convivo. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
SOCIABILIDADE |
Sempre |
Muitas vezes |
Poucas vezes |
Nunca |
|
||||||||||||||
|
1 |
Tenho muitos amigos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
2 |
Aumento o número de pessoas do
meu ciclo de amizades. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
3 |
Prefiro ter
poucos amigos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
4 |
Relaciono-me
bem com qualquer pessoa. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
5 |
Trato novos
amigos como se fôssemos velhos amigos. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
6 |
Faço com que
as pessoas se sintam bem ao meu lado. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
7 |
Prefiro ficar calado a conversar com pessoas
desconhecidas. |
|
|
|
|
|
|
||||||||||||
|
8 |
Converso
animadamente com um desconhecido. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
9 |
Deixo as
pessoas a vontade perto de mim. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
10 |
Encontro
alguém conhecido na maioria dos lugares onde vou. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
11 |
Prefiro
trabalhar sozinho. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
12 |
Consigo animar qualquer ambiente. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
|
13 |
Fico à vontade
entre as pessoas recém-conhecidas. |
|
|
|
|
|
|||||||||||||
Obrigado pela colaboração! 53
Sem comentários:
Enviar um comentário